City Painéis de publicidade, em esforço hercúleo, alardeam promessas de felicidade numa cidade propulsionada por vultos ofegantes. Mulheres cabisbaixas, apressadas, assinalam a sua passagem pelo trote dos saltos altos sobre a calçada agarradas com toda a força dos seus corpos às suas maletas e a telemóveis acesos como velas numa procissão de devotas das novas tecnologias de comunicação. Um estranho na sua própria cidade, da qual não consegue desligar-se mercê de ruelas e labirintos que a desenham e que o apaixonam, ele vive assim como se fosse uma personagem taciturna de banda desenhada saltitando de plano em plano, de prancha em prancha.