DonDe repente dei-me conta de que há muito não ouvia Don Byron, esse exorcista de espartilhos musicais, excelso diluidor de categorias e tracejados fronteiriços entre géneros. Aculturado nos diferenciados linguajares do jazz, explorador sagaz dos alçapões da música clássica, contemporânea, lied e klezmer, compositor, arranjador e executante primordial que nos distantes 90s merecia já a denominação de melhor clarinetista vivo. Detonador de manifestos verbais telúricos quando calha, mas preferindo por norma deixar a cargo do estrito caudal musical esse labor iminentemente político. É bom saber que em 2006 Byron se desdobra na feitura de dois álbuns.