YouA spokesman for Time admitted that, had they chosen a single person who "most affected the news and our lives, and embodied what was important about the year, for better or for worse", it would have been President Ahmadinejad of Iran. But a lot of people would have been upset at that decision, so they plumped for the feel-good group, You.Aqui Pois é, parece que ao atribuir o título
pessoa do ano à
ciberlandia a Time mais não fez do que livrar-se de uma pedra no sapato. Solução de recurso a bem da psique americana, tão amolgada pela derrota militar no Iraque e pelo atoleiro afegão.Contudo, uma vez homenageado o formigueiro internético, creio não haver razões de monta para que Marcel Berlins manifeste tamanho desdém pelos voluntariosos anónimos(grosso modo) que alimentam o caudal de conteúdos da
web. É evidente a sua influência sobre os
media tradicionais. É evidente que minoram a relevância de certos mediadores na pirâmide comunicacional e na transmissão do saber. É óbvio que encetaram novos índices escrutínio, democraticidade e comunitarismo. Inegável que imprimiram maior velocidade à reacção aos acontecimentos e alteraram práticas jornalísticas. Etc. Indiscutível que nada disso está imune a debates e críticas. Inquestionável a existência de esquinas muito mal iluminadas na
cibertrópole. Mas os ganhos são descomunais.
What's so great about 'ordinary' people? Marcel Berlins poderia começar por atentar no uso que o jornal em que escreve já faz do
You Tube.