HamPreocupava-se principalmente com os sapatos de ambos. Com isso e com a comida. Sempre a comida. Num velho fumeiro feito de tábuas encontraram um presunto pendurado num recanto alto. Parecia desenterrado de uma sepultura, de tão ressequido e mirrado. Ele cortou um bocado com a faca. A carne era vermelho-escura e salgada, com sabor intenso e agradável. Nessa noite, fritaram grossas fatias na fogueira e depois cozinharam-nas em lume brando com uma lata de feijão. Mais tarde, ele acordou nas trevas e pareceu-lhe ter ouvido grandes tambores tribais a rufarem algures nos montes escuros. Depois o vento mudou e ficou apenas o silêncio.